Ação Stop Crime Ambiental em Carcavelos

No dia 3 de março assistimos a mais uma ousada campanha de greenwashing protagonizada pela Câmara Municipal de Cascais em conluio com a União das Freguesias de Carcavelos Parede, entidades que são exímias na sua política de desinformação quando se trata de falar de proteção da natureza.

Sob um falso manto de preocupação ambiental, em discursos de circunstância, não se ouviu uma palavra sobre as árvores que os próprios condenam ao abate.

Nesse dia percebemos qual é o conceito de mobilidade verde deste executivo: são estruturas móveis, uma árvore num vaso, um arbusto para enfeitar, que se podem levar para onde se quiser. Plantas que são plantadas às pressas para que seja possível tirar umas fotos no percurso por onde passa a comitiva e mostrar ao mundo a sua "responsabilidade ambiental". É isto que a CMC apregoa como sendo renaturalização, um termo da moda, vazio, como tantos outros que servem para ofuscar os mais desatentos e figurarem nos relatórios que alguma Europa irá crer serem reais. Pena que as fotos não mostrem o quanto a comitiva presidencial foi vaiada – pouco serão os que se deixam enganar.

Com alguns apupos pelo meio, o nosso protesto foi sobretudo silencioso, de boca literalmente colada e com largas faixas com mensagens de apelo, como forma de expressar a falta de resposta da autarquia às inúmeras vezes que a população, a SOS Quinta dos Ingleses e os Alvorada da Floresta têm apelado para a conversão da Quinta dos Ingleses em parque natural urbano, e sido sistematicamente ignorados pela autarquia, incluindo duas petições públicas, com 9 mil e mais de 10 mil subscrições, e as 3 mil interpelações que houve em consulta pública sobre o megaempreendimento na Quinta, que nunca foram respondidas.

Obrigado a todos os que tiraram a manhã para mostrar a sua indignação e deixar claro que a população não é ouvida quando se trata de defender o maior pulmão verde de Carcavelos: a Quinta dos Ingleses.